Ao falar sobre alimentação saudável, a primeira idéia que surge na cabeça da maioria das pessoas é justamente uma das consequências do inverso deste tipo de alimentação: a obesidade.
Muitos procuram em um único alimento um caminho que desvie da correção dos vícios alimentares e faça “milagres” em termos de perda de peso.
Efetivamente temos que ter como objetivo buscar uma alimentação equilibrada que, associada á prática de atividade física regular, seja um dos principais pilares da promoção á saúde.
A todo momento somos bombardeados por inúmeras notícias da mídia sobre substâncias milagrosas, que prometem “acelerar o metabolismo”, “queimar gordura localizada”, “auxiliar na dieta para promover perda de peso muito rápida ”.
A lógica nos faz duvidar da confiabilidade das informações, mas a dificuldade real de enfrentarmos a reeducação alimentar nos faz ocasionalmente considerar o uso de alimentos que não têm comprovação científica de “cumprirem a promessa”.
Alguns alimentos sabidamente impactam positivamente na alimentação, como os cereais, as castanhas, o azeite, entre outros, que realmente melhoram o colesterol. Mas mesmo estes alimentos devem ser ingeridos dentro de uma dieta balanceada, pois se usados excessivamente podem causar ganho de peso.
Como a obesidade piora o colesterol, poder–se-ia perder o efeito benéfico dos alimentos citados.
Frequentemente ouvimos que “o que é gostoso, engorda”. Estas palavras refletem o fato que alimentos muito ricos em gordura ou carboidratos (açúcares) estimulam excessivamente o paladar.
E, aquelas pessoas que têm o hábito de ingerí-las, têm dificuldade de apreciar os sabores mais sutis como das verduras e legumes.
Mas isso tem solução. À medida que são diminuídas as gorduras e açúcares e começa-se a ingerir os vegetais, o paladar aos poucos vai modificando-se e adaptando-se aos novos hábitos.
Uma alimentação saudável significa termos equilíbrio na ingestão dos carboidratos, proteínas e gordura.
Eles se complementam. Cada alimento tem o seu papel funcional e todos são importantes para o equilíbrio do nosso organismo.
O excesso de qualquer uma dessas classes alimentares desarmoniza este equilíbrio.
Não há um único alimento que substitua todos os outros, deixa-nos com o peso ideal e ainda “podemos comer o que quisermos”, pois frequentemente isto significa nos fartarmos de alimentos ricos em gorduras saturadas (aquela que mais prejudicam nossa circulação) e doces.
Uma das funções da alimentação é o prazer. Mas ela não é a única e não deve vir em primeiro lugar.
Nosso organismo tem suas necessidades que são supridas pela alimentação balanceada.
A alimentação é uma das formas de tratamento de diversas doenças, tal o impacto que ela tem no funcionamento do nosso corpo.
Ela não deve ser deixada em segundo plano, como tantas vezes é feito.
Temos que buscar incessantemente não fazermos mal a nós mesmos.
Temos que valorizar o que comemos no sentido qualitativo, pois como tantos falam: “somos o que comemos”.
Giovana Vignoli Cordeiro
(Médica – CASA CASU)
Nenhum comentário:
Postar um comentário